Conciliando uma viagem a trabalho tive a oportunidade de passar o final de semana no Rio Piquiri, aproximadamente 40 minutos de avião desde a cidade de Cuiabá. Realizei um grande sonho meu que era o de retornar ao Pantanal após longos vintes anos desde a primeira vez que havia ido quando moleque levado pelo meu pai que não pesca. Em vista da natureza da viagem, trazia comigo apenas dois equipamentos seis e algumas moscas variadas para dourados e pêras para equipamentos leves (infelizmente os Andinos de verdade ficaram em casa) estando mais preparado e disposto a investir na pêras do que nos dourados. Até porque nem sabia se iria pescar mesmo. Em resumo, passei os dois dias pescando num rio inteiro para mim, sem mais nenhum barco na água, apenas cardumes de piraputangas, dourados caçando, e pacus atacando frutos na batida. Foi uma pescaria fantástica, reforçada pelo equipamento leve utilizado, principalmente nos dourados, que ficaram entre 5 e 7 libras os maiorzinhos e deu mais emoção na briga com os menores e nos pacus, que, na correnteza, fazem uma bela briga. Na primeira metade de dia reservei o começo da pescaria para mostrar ao guia como iríamos pescar e como o barco deveria ser conduzido por ele para contribuir e permitir a pesca das piraputangas. Distâncias, estruturas, água mais rápida, etc. Deu muito certo, quem quiser pescar lá garanto que o Carlos dará conta de guiar algum amigo que pesque com mosca. Além do que me senti muito bem em apresentar um modo diferente de pescar e poder com isso contribuir com a qualificação profissional dele, sem falsa modéstia ou valorização do tema. Assim que as primeiras ações foram acontecendo, ele sorria numa felicidade como quem pensava: "não é que pega mesmo." No total pesquei três dias, sendo dois deles em apenas meio período e o segundo dia inteiro.
Os materiais que utilizei foram:
Dourados:
Vara Greys Streamflex #6, carretilha Abel Super 5, linha Rio Streamertip de 150 grains, backing de 20 lbs. Depois que quebrei a vara na briga com uma enorme cachorra, passei a usar a Scott G2, que apesar de mais lenta, deu conta nos casts de moscas lastradas mas me deixou na mão com o troféu, mesmo após inúmeras fisgadas, escapando o douradão no primeiro pulo (anzol Gamakatsu paia, dessa vez foi ele o culpado, hehheeh). Mesmo assim show. Usei também linha floating na oportunidade em que localizamos um cardume de douradinhos atacando lambaris na margem oposta do rio quando pescávamos piraputangas. Quase uns vinte minutos de selvageria. Depois de pegar alguns, voltamos às piraputangas. As moscas foram as de sempre, andinos, oncas e, tuvira e deceiver do Gregório, mas que adicionei cabeça muddler e halteres. Foram cruéis.
Piraputangas e Pacus:
Vara Scott G2 #6, carretilha Abel Super 4, linha rio WWF Saltwater, backing de 15 lbs. Moscas, foram as secas, Chernobills, tanto as caseiras como as atadas pelo Gregório que mataram a pau. Para os pacus improvisei uma bolinha de EVA (encontrei na rua um pedação do material junto a loja de pesca que passei em Cuiabá para comprar aço, dei sorte, senão nem pescaria eles). Show, como pegavam na batida, pouco importava afundamento, como ocorre com miçangas e coquinhos, mas se afundassem pagaria mais com certeza, mas valeu. As piraputangas atacavam as chernobills na batida também, pois estavam se alimentando das flores dos ipês amarelos e rosa, além do modo tradicional, na deriva morta juntos aos tocos e paus. Chernobill amarela era covardia ... e apesar da média de tamanho ser de tricks, foi coisa de mais de 30 peixes por dia, sendo que num deles passou isso fácil.
Tucunarés:
Mesmo equipamento acima, com moscas de baby tarpon que estavam na fly box que peguei de última hora. Há muitos deles lá de bom porte em media de 2 quilos. Depois de fisgar três para matar a vontade de uma nova espécie, voltei às piraputangas show.
Resumo da ópera:
A pescaria foi excelente. O rio é muito bonito na seca (dry, hehehehe) com praias extensas de areia clara e fina, tem muito peixe, sobretudo pacus e piraputangas (cheguei a trocar várias vezes as pescarias ou as iscas para selecionar melhores exemplares), notando segundo o pessoal da pousada que estamos fora da melhor época (talvez para linguiçar ...). O Pantanal sobreviveu em alguns lugares. No Rio Piquiri eu voltarei fácil, fácil. Fica mais essa pescaria registrada nos autos das memoráveis. Não poderia deixar de mencionar a Pousada Piquiri (http://www.pousadapiquiri.com.br/), onde fui muito bem tratado e instalado de maneira simples e cortês, afinal, além de peixe na linha o que lá tem de sobra, comida boa também é bom e atendimento decente e profissional, de pescador para pescador é essencial. Sei que pescaria depende muito de estação do ano, condições climáticas, blá, blá, blás, mas o rio reúne condições excelentes para preservação das espécies (atuação local dos ribeirinhos junto à polícia ambiental e fiscalização) e os resultados são evidentes. Nunca fiquei tão satisfeito com a piscosidade de um rio, principalmente após longos anos de devastação imprimida pelos pescadores profissionais ou amadores matadores de peixe. Seguem algumas fotos da jornada de pesca.
A pescaria foi excelente. O rio é muito bonito na seca (dry, hehehehe) com praias extensas de areia clara e fina, tem muito peixe, sobretudo pacus e piraputangas (cheguei a trocar várias vezes as pescarias ou as iscas para selecionar melhores exemplares), notando segundo o pessoal da pousada que estamos fora da melhor época (talvez para linguiçar ...). O Pantanal sobreviveu em alguns lugares. No Rio Piquiri eu voltarei fácil, fácil. Fica mais essa pescaria registrada nos autos das memoráveis. Não poderia deixar de mencionar a Pousada Piquiri (http://www.pousadapiquiri.com.br/), onde fui muito bem tratado e instalado de maneira simples e cortês, afinal, além de peixe na linha o que lá tem de sobra, comida boa também é bom e atendimento decente e profissional, de pescador para pescador é essencial. Sei que pescaria depende muito de estação do ano, condições climáticas, blá, blá, blás, mas o rio reúne condições excelentes para preservação das espécies (atuação local dos ribeirinhos junto à polícia ambiental e fiscalização) e os resultados são evidentes. Nunca fiquei tão satisfeito com a piscosidade de um rio, principalmente após longos anos de devastação imprimida pelos pescadores profissionais ou amadores matadores de peixe. Seguem algumas fotos da jornada de pesca.
Dourados no modo tradicional com Andinos
Belo Dourado na Dry
Perinhas e douradinhos foram dezenas...
... e Peras algumas
Pacus rabo de nego também entravam nas secas
Pacus no fruto de EVA tosco improvisado no golden goal
Cachorra e Tucunarés
Muito massa, parabéns!!!
ResponderExcluirMatheus
É isso que vc chama de improviso????? kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirParabéns cara!! pescaria fora de série!
Abração!!
Luiz Logo
show de Bola, eu ja fui no piquiri em agosto/2010, ficamos 10 dias num rancho mto bacana... pegamos 150km de estrada de terra, 6 h de viagem.
ResponderExcluirmas valeu mto a pena...
parabens bela pescaria
Mega
Parabéns, Caio! Se tivesse usado uma Lion´s Worm ao invés desses frutos toscos de EVA, iria arrebentar de pegar pacú...
ResponderExcluirAbraços,
Alexandre S.
Que beleza, Caio..Pescaria 10 e relato ótimo de ler, muito informativo e passando toda a sua emoção.
ResponderExcluirABRAÇÃO
Tio Luiz
Matheus, Luiz, Mega, Alexandre, Tio Luiz, grato pelas palavras. Pessoal, temos que armar uma lá. É mesmo show de bola!!! Um pouco mais complicado que 3M, se for de carro, mas vale o esforço sem dúvida. Abraços, Caio.
ResponderExcluirShow caio!
ResponderExcluirAbração Samuca
Falaaaa Samuca! Valeu meu amigo! Abraços, Caio.
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