21 agosto 2011

Perseverança

Ontem foi mais um dia de investir localmente. Na última pescaria lá descobrimos alguns novos pontos e corredeiras, que, como já de costume possuiam "muita cara de peixe". Após 3 dias viajando a trabalho, quase sem chances de alvará doméstico, o Maurício me chama para mais essa investida e acabo conseguindo ir junto. Apesar de toda nossa empolgação, traduzida em novas moscas atadas de acordo com nossa observação do lugar, escolhas e testes de linhas e equipamentos, o tempo fecha, fica frio e úmido. Cancelar a pescaria?


 Nem fudendo, melhor passar frio, se molhar, cair no poção, pegar uma carguinha de carrapatos a ficar morgando em casa, pensando que SE tivesse ido pescar poderia ter sido bom. Odeio esse tipo de especulação e tanto eu como o Maurício preferimos sempre checar in loco nossas previsões. Assim se fez. Exploramos uma cachoeira e nos separamos na próxima corredeira em dois tramos do rio.


 Eu mais abaixo e o Maurício acima. O ponto em que ia começar a pescar há um drop bem próximo da margem, onde fica o canal mais fundo, a passagem dos peixes e o pocinho mais seguro para eles permanecerem. Chego com cuidado, abaixado e apenas com o leader e uns dois metros de linha para fora da carretilha, coloco a mosca rio acima, espero derivar e no swing da mosca, FLASHHHHHHH. Um dourado bom ataca a menina, boa a linha nas costas e desce o rio, a briga é boa, grito para o Maurício descer, mas algum tempo despois o peixe escapa já na parte bem rasa da corredeira, praticamente aos meus pés. Esse peixe, apesar de ter escapado tinha um significado para nós que não tem nem como pontuar, mas vale comentar. Esse ponto começou a ser explorado já há algum tempo e na primeira vez o Maurício já sacou um douradinho.




Nessas nossas incursões, já vimos peixe, sinal de peixe, sombra de peixe e tudo mais, mas depois do primeiro, nenhum outro havia aparecido para nós. Assim, após todo esse tempo, novamente, um peixe, e muito bom diga-se de passagem toma minha mosca renovando as nossas esperanças. Legal! Mas escapou, porra. Tremendo de emoção, passo a pescar da maneira mais correta possível no ponto. Após alguns casts, novamente, no mesmo pocinho um douradinho menor toma a mosca e também escapa. No próximo eu arranco o queixo dele, pensei. Não demorou muito e o terceiro entrou na mosca (pequena, lastreada e preta), dessa vez, não teve jeito, pulou, correu, fez birra mas pude tocá-lo. Não tinha como registrar o momento pois estava sem câmera. Daí que vem a parceiria e depois de alguns gritos meus o Maurício desce o rio e aparece para registrar o momento abaixo.


Ainda saíram mais dois peixes mas também não foram registrados.  Realmente, quem procura, tem fé e garimpa, de fato encontra o que procura, seja pepita, seja barra de ouro. Não posso deixar novamente de agradecer o Maurício pelas empreitadas que tramamos e todas técnicas passadas. E ainda, nem ficou bom ...